terça-feira, 20 de abril de 2010

MEIO AMBIENTE

tucurui

As usinas hidrelétricas tem impactos inevitáveis. Mudam o curso dos rios, alagam áreas e desalojam gente. Mas são uma das fontes mais limpas e economicamente interessantes para gerar energia. Sem elas, toda vez que você acionar seu microondas, a concessionária elétrica terá que ligar uma nova termelétrica poluidora. No debate saudável para tocar as obras de novas hidrelétricas no país, principalmente na Amazônia, como a de Belo Monte, alguns aspectos têm passado desapercebidos. Um deles é a verba compensatória que as hidrelétricas passam todo ano aos municípios, estados e governo federal. Onde vai parar esse dinheiro?

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No ano passado, segundo o Instituto Acende Brasil, foram R$ 1,8 bilhão para os cofres públicos da União, estados e municípios que têm usinas hidrelétricas em sua região. É mais que o orçamento do Ministério do Meio Ambiente para 2010. O dinheiro equivale a 6,75% da receita financeira da geração hidrelétrica no país. Representa até 25% a mais no orçamento dos municípios das regiões com as usinas. O grave é que não existe nenhuma fiscalização do uso desse dinheiro. Ele poderia e deveria ser usado para compensar os impactos ambientais e sociais. Mas não há nenhuma determinação de como deve ser usado.

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Segundo estimativas do Acende Brasil, quando a usina de Estreito ficar pronta, deve gerar R$ 21 milhões por ano para onze municípios, dois estados (Tocantins e Maranhão) e para a União. A hidrelétrica de Foz do Chapecó pode fornecer mais R$ 12 milhões para 13 municípios, dois estados (Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e para a União como compensação financeira. Da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, uma das polêmicas obras no rio Madeira na Amazônia, serão repassados R$ 84 milhões anuais. Desse total, R$ 67 milhões serão divididos entre o Estado de Rondônia e município de Porto Velho.

Além de discutirmos os impactos das obras, também poderíamos pensar como usar esse dinheiro para melhorar o ambiente na região das hidrelétricas e as condições de vida das pessoas afetadas pelas obras.


bateria

Qual é o produto mais reciclado no Brasil? Não é o vidro, embora 45% dele retorne para outro frasco. Nem o papel, que tem 47% de taxa de reaproveitamento. O aço das latas de conservas é ainda mais reutilizado. Cerca de 49% volta para as fábricas. Quem tem um índice ainda mais impressionante é o alumínio das latinhas. Em 2008, os fabricantes no Brasil reciclaram aproximadamente 91,5% da produção nacional de latas.

Mas não é o alumínio o produto com maior taxa de reciclagem. É o ácido de baterias do seu carro. Estima-se que mais de 99% seja reaproveitado. Isso evita que os metais pesados, presentes no líquido da bateria, terminem contaminando o solo dos lixões ou ferro-velhos. O problema é que nem sempre a reciclagem é bem feita. E isso provoca vazamento do material. Segundo o Instituto Blacksmith, é um dos piores problemas ambientais do mundo. Estima-se que 12 milhões de pessoas sofram com a contaminação do material.

Tirando isso, na verdade, provavelmente o produto mais reciclado não é nenhum desses. É o ouro. E isso diz muito sobre a lógica financeira da reciclagem.

Metade dos meteorologistas americanos acredita que o clima já está mudando


Cerca de 54% dos meteorologistas americanos acredita que as mudanças climáticas já estão acontecendo. Esse é o principal resultado de um estudo feito pelo Centro de Comunicação de Mudanças Climáticas da Universidade George Mason. O pesquisador Edward Maibach, que coordenou o estudo, comemorou o resultado. Disse que é possível usar as pessoas à frente da previsão do tempo para conscientizar a população sobre o aquecimento global. É uma medida necessária mesmo, considerando que um quarto da população americana ainda acha que mudança climática é invenção de ecologista. E que a aprovação de uma lei de redução de emissões nos Estados Unidos é o fator mais importante para o sucesso de qualquer negociação internacional.

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O estudo foi feito com 1400 profissionais das duas principais associações de quem trabalha com o tempo, a Sociedade Americana de Meteorologia e a Associação Nacional do Tempo.